Monday, March 31, 2008

....Principe indiano Gay deserdado....


O princípe Mavendra Gohil com 42 anos, divorciou-se e foi deserdado pela família, será o primeiro pai gay de um filho adoptivo em toda a Índia. Recentemente, foi ao programa de televisão da americana Oprah Winfrey falar sobre a sua orientação sexual. '' Até agora assumi todas as minhas responsabilidades como princípe e continuarei a assumi-las enquandto puder''....''eu sabia que a minha familia jamais me aceitaria por ser quem sou, mas também sabia que não podia continuar a viver na mentira''....'' quis assumir porque me tornei activista e achei que não era certo continuar a viver no armário''....
.
Para quem quiser saber mais sobre este princípe fica aqui um link:

Saturday, March 15, 2008

....Os Filhos e Os Pais....

( Affonso Romano de Sant'Anna )

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estagnados. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre, e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente. Um dia sentam-se perto de nós no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que nós sentimos que não se pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
.
Que é que aconteceu à pázinha de brincar na areia, às festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do infantário? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil...
.
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incómodas mochilas da moda nos ombros.
.
Ali estamos nós, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judo. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
.
Não os levámos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes comprámos todos os gelados e roupas que gostaríamos de ter comprado.
.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afecto.
.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chickletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar os amigos e os primeiros namorados.
.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se você tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.
.
O jeito é esperar: A qualquer momento podem dar-nos netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estafado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer connosco. Por isso os avós são tão desmesurados a distribuírem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afecto.
.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
.
Aprendemos a ser filhos depois que fomos pais.....“Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...”

Monday, March 10, 2008

....ANIVERSARIO....


Este espaço faz hoje 1 ano de existência. É apenas um caderno Digital , sob uma das formas de dialogo possível. Um monólogo por vezes. Procuro transmitir neste espaço, uma parte do que fica em cada momento de mim mesma, que pude registar. Se valeu a pena, se tem algum sentido maior, se tem propósito ou se é justo? Eu acredito que sim e que vale a pena. Se várias vozes podem ser ouvidas para a formação de uma opinião, tudo o que divulgo, propago ou escrevo, é apenas a minha voz que vocês ouvem quando eu não estou por perto.
Espero que possamos envelhecer juntos, e lembrarmos dos momentos que passamos em cada dia de ‘’Batalha’’...
Agradeço a todos os que por aqui passaram durante este tempo, a contribuição directa ou indirecta para o mesmo.

Saturday, March 8, 2008

....Feliz Dia da Mulher....


Nada mais contraditório do que ser mulher.....
Mulher que pensa com o coração
Age pela emoção e vence pelo Amor
Que vive milhões de emoções num só dia
E transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição
E vive arrumando desculpas
Para os erros daqueles a quem ama.
Que hospeda no ventre outras Almas,
Dá á luz e depois fica cega,
Diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas e ensina a voar,
Mas não quer ver partir os pássaros,
Mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que se enfeita toda e perfuma o leito,
Ainda que seu amor
Nem perceba mais tais detalhes.
Que como uma feiticeira
Transforma em luz o sorriso
As dores que sente na Alma,
Só pra ninguém notar.
E ainda tem de ser forte
Pra dar os ombros para quem neles precise de chorar.
Feliz do ser humano que por um dia
Souber entender a Alma da Mulher!
( autor desconhecido )

Saturday, March 1, 2008

....Lágrima de Preta....


Encontrei uma preta, que estava a chorar,
Pedi-lhe uma lágrima para a analisar.
Recolhi a lágrima com todo o cuidado
Num tubo de ensaio bem esterelizado.
Olhei-a de um lado, do outro e de frente:
Tinha um ar de gota muito transparente.
Mandei vir os ácidos, as bases e os sais,
As drogas usadas em casos que tais.
Ensaiei a frio, experimentei ao lume,
De todas as vezes deu-me o que é costume.
Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.
Água ( quase tudo ) e cloreto de sódio.
...
( Antonio Gedeão )