Sunday, May 18, 2008

....Amanhã será Outro Dia....


Hoje já não se escrevem histórias de encantar, tudo o que é aproximado são tapa-olhos para o descontentamento social. A passadeira vermelha passou a camuflagem, pois nele todos nos escondemos de realidades sinuosas e que nos assombram, mais a uns do que a outros. Não há fugas, pois não há caminhos, e assim seguimos protestando, contestando, demonstrando insatisfação com tudo e com todos, por vezes sem olharmos para nós próprios. Quando num dia cinzento acordares tomado pela angústia, não te esqueças que o sol não se dissipou, a estrela continua a arder cheia de força, mas nem todos os dias brilha aos nossos olhos. O ideal é sorrir e pensar, amanhã é um novo dia.
A.S

Friday, May 9, 2008

....9 de Maio -Dia da Europa....

Ao verem nas agendas e nos calendários o dia 9 de Maio identificado como "Dia da Europa", muitas pessoas interrogam-se sobre o que se terá passado nessa data e em que ano terá tido lugar esse acontecimento.
Com efeito, poucos cidadãos europeus sabem que a 9 de Maio de 1950 nasceu a Europa comunitária, numa altura em que, devemos recordá-lo, a perspectiva de uma terceira guerra mundial angustiava toda a Europa.
As primeiras linhas da declaração de 9 de Maio de 1950, redigida por Jean Monnet, comentada e lida à imprensa por Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros da França, dão imediatamente uma ideia da ambição da proposta:
‘’A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a ameaçam". "Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz".
Era assim proposta a criação de uma instituição europeia supranacional, incumbida de gerir as matérias-primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar, o carvão e o aço. Ora, os países convidados a renunciar desta forma ao controlo exclusivamente nacional destes recursos fundamentais para a guerra, só há muito pouco tempo tinham deixado de se destruir mutuamente num conflito terrível, de que tinham resultado incalculáveis prejuízos materiais e, sobretudo, danos morais: ódios, rancores e preconceitos.
Na Cimeira de Milão de 1985, os Chefes de Estado e de Governo decidiram celebrar o 9 de Maio como "Dia da Europa". Os diversos países, ao decidirem democraticamente aderir à União Europeia, adoptam os valores da paz e da solidariedade, pedra angular do edifício comunitário.
Como qualquer obra humana desta envergadura, a integração da Europa não se constrói num dia, nem em algumas décadas: as lacunas são ainda numerosas e as imperfeições evidentes. A construção iniciada imediatamente a seguir à II Guerra Mundial foi muito inovadora: o que nos séculos ou milénios precedentes podia assemelhar-se a uma tentativa de união, foi na realidade o fruto de uma vitória de uns sobre os outros. Estas construções não podiam durar, pois os vencidos só tinham uma aspiração: recuperar a sua autonomia.
Hoje ambicionamos algo completamente diferente: construir uma Europa que respeite a liberdade e a identidade de cada um dos povos que a compõem, gerida em conjunto e aplicando o princípio segundo o qual apenas se deve fazer em comum o que pode ser mais bem feito dessa forma. Só a união dos povos pode garantir à Europa o controlo do seu destino e a sua influência no mundo.
A União Europeia está atenta aos desejos dos cidadãos e coloca-se ao seu serviço. Conservando a sua especificidade, os seus hábitos e a sua língua, todos os cidadãos se devem sentir em casa na "pátria europeia", onde podem circular livremente.

Sunday, May 4, 2008

....''Ladrões'' da Literatura....


LIVROS. Há livros que têm o condão de nos fazer querer ler mais. Talvez por transmitirem uma aúrea de paixão emanada por quem os escreveu. Outros, pelo contrário, mal lemos a primeira página afastamo-nos deles. Maçadores, não passam do mesmo, é só palha.
No entanto, muitos há que são mundos apaixonantes, que nos mostram outras verdades alternativas às que nós conhecemos. Há tempos, li um livro que me gravou algo na memória: '' Em Itália costuma-se dizer que não existe pior ladrão do que um mau livro''. Para mim, leitora incondicional, preferirei sempre um mau livro a livro nenhum. Serei também eu uma ladra?
J.A