Sunday, July 15, 2007

....A Caminho da Extinção....


...Em 1974, Portugal tinha as mais altas taxas de natalidade e de fecundidade da união Europeia. Trinta anos depois, o número médio de filhos por mulher portuguesa desceu de 3,5 para 1,3 - e passámos a ser o sétimo país mais envelhecido do mundo. No ano passado, nasceram 105.351 bebés, menos 4106 que em 2005. Se a tendência se mantiver, dentro de quarenta anos, em vez de dez milhões, seremos 7,5 milhões, porque só com uma taxa de 2,1, se consegue renovar gerações. Como é óbvio, este é um dos maiores problemas que a sociedade portuguesa enfrenta. E, no entanto, os nossos políticos ignoram olimpicamente a questão, sem perceber que, por este caminho, no final do século seremos cinco milhões de velhos a caminho da extinção. A solução, claro não passa por baixar o IVA das fraldas, mas por políticas cívicas, sociais e fiscais que contribuam para inverter a tendência, que são cada vez mais urgentes. Quem será o político a dar o primeiro passo?...
( Nicolau Santos - Expresso )

12 comments:

Adoa Coelho said...

Dêem-me um Mundo cheio de Paz, sem violência, com Trabalho para tod@s, com Casa para tod@s... e eu ajudo com a taxa da natalidade... É das "coisas" mais fantásticas que uma mulher pode fazer mas, começo a pensar que é um acto muito egoísta trazer uma criança para este mundo... No entanto gostava de passar por essa experiência, se me deixassem...

Memory said...

É de facto uma das coisas mais fantásticas que uma mulher pode fazer, mas na impossibilidade de poder ter, deveria ser mais facil poder-se adoptar. Há milhares de crianças em Portugal que o poderiam ser, mas a lei é extremamnete restrita e complicada, por exemplo, para uma mulher solteira, e pior ainda para um casal lésbico ou homossexual pois não é peremitido ainda. Aí na ''tua'' Espanha isso já é possível....pode ser que com o tempo e influência ''dos ventos'' espanhois, isso venha a acontecer um dia aqui no nosso cantinho á beira mar plantado...
Quanto a política de natalidade, acho que o país todo junto, devia debruçar-se sobre este grande problema e criar políticas sociais que permitissem e facilitassem o aumento da natalidade...Se não lá se vão...''os lusitanos''....:)

Um abraço

Silêncio © said...

Pois é minha amiga,
Como as coisas vão, daqui a 100 anos portugal já não terá portugueses...
Só os estrangeiros que para cá vieram...
Apesar de tudo...
Eles continuam a procriar...
A sociedade portuguesa também mudou. não sei se para melhor ou pior.

Uma beijoka

Memory said...

Som do Silêncio,
Realmente não sei se Sociedade portuguesa mudou para pior ou para melhor. Só o tempo é que nos poderá dizer. Uma coisa é certa, de facto se não forem os estrangeiros que para cá vieram, e que por uma razão ou por outra, continuarão a vir, a contribuirem para o aumento da natalidade, teremos pela certa problemas a nível do sistema nacional de saúde, segurança social, e outras áreas que dependem, das contribuições da força produtiva. Seremos uma população de refotmados, mas sem reformas, pois não haverá jovens a contribuir para os descontos...

Um abraço silencioso

Angell said...

Direi que a vida está muito complicada. Os ordenados são uma miséria. As pessoas vivem mal; não têm poder de compra; muitas vezes até para as coisas básicas. Como podem pensar em ter filhos? Quando os governos só se preocupam com o dinheiro nos seus cofres? Quando vão empobrecendo cada vez mais o seu povo?

Se as pessoas tiverem condições para adoptarem. Falo dos casais gays e lés (por ser mais complicada a adopção); deveriam de facilitar o processo. Uma criança precisa de carinho, amor, um teto; alguém que cuide delas. Infelismente tantas a quem isto lhes é negado.

Só o tempo dirá sobre as mentalidades e sobre a continuação dos tugas... Infelismente assim é!
Esperanças no futuro? Eu teimo sempre em as ter!

Fica bem, rapariga!

Bjs!

Caracolinha said...

Confesso que contra mim falo porque não contribui para o aumento demográfico ... e se queres que te deja honesta, nunca foi apelo que tivesse esse da maternidade ...

Costumo dizer que em relação a isso não admito que ninguém tça grandes comentários da mesma forma que nunca ousaria meter-me na vida de quem quer que fosse para opiniar em relação a uma matéria tão delicada e permanente como essa ...

Ainda assim essa é uma realidade preocupante e verdadeira ... e pode ser atribuída a um conjunto de causas que fazem imenso sentido se pensarmos na conjuntura que actualmente se vive ...

É muito mau quando as pessoas têm que pensar ao contrário da forma que faziam antigamente ... primeiro têm que pensar em consolidar a sua vida profissional, ou por outra, arranjar emprego (porque toda a gente sabe que existe por aí muito boa gente carregada de habilitações a fazer trabalhos com os quais não tem nada a ver), procurar estabilidade, organizar a vida, etc ... e só depois quase no fim da lista é que aparecem os filhos ...

São inúmeros os casos de casais em que isso acontece, fora os outros cuja vida dá uma reviravolta e nem sequer conseguem quase manter os filhos que têm ... o país está cheio de tristes exemplos de fábricas onde marido e mulher trabalham e que encerram de um dia para o outro deixando as pessoas sem meios de subsistência ...

No meio de tudo isto ainda me faz mais confusão como é que se dificultam tanto os pedidos de adopção ... é tudo uma burocracia pegada por um lado quando, por outro, muitas vezes se tiram os filhos á força aos pais adoptivos para os entregarem aos pais biológicos que os maltratam ...

Olha querida ... a especialidade dos nossos políticos é ignorar esta, bem como outras questões importantes que poderão significar muito de hoje para amanhã ... com a população a envelhecer a esta velocidade e sem ninguém que venha a seguir o panorama é, realmente, muito pouco animador ...

Mas como te digo, ser mãe nunca foi meu projecto de vida, nem que isso envolvesse qualquer tipo de incentivo ... mas isso não me impede de reconhecer que este é, sem dúvida, um acaso que dá muito que pensar ...

Beijoca encaracolada e desculpa os meus comentários de metro e meio ... :)

Adoa Coelho said...

Estou aqui a digerir uma coisa... amanhã vou-te mandar uma foto de um cartáz que vi hoje. Às vezes tem-se de digerir bem certas coisas para não termos uma indigestão.... Tem a ver com este assunto.

Memory said...

Angell,
De facto como tu dizes e bem, são as dificuldades com que as pessoas hoje em dia vivem, que as leva muitas vezes a fazer opções de não terem filhos, ou de terem apenas um. Sabemos que 1 filho por mulher não será suficiente para assegurar o ''tal futuro'' social e a sobrevivermos como nação. Quando coloquei a questão das adopções, é porque acho que elas seriam importantes para as crianças sem pais, e melhorar-se-ia a vida de milhares delas concerteza. Estas seriam provavelmente no futuro, melhores pais e quiçá, até fazerem um esforço para contribuirem para uma melhoria da natalidade.

Acredito no entanto, porque sou uma pessoa positiva, que o futuro desta nação possa ser garantido...Como?, não faço a minima ideia...:)

Fica bem rapariga,
Bjs

Memory said...

Adoa,
Força, fico a aguardar o envio dessa foto do cartaz para animar ainda mais o debate..:)

Um abraço

Memory said...

Caracolinha,
Eu também faço parte do numero daquelas que nada contribuiu para o aumento demografico. Não interessa se quer as razões, mas não deixaram de ser opções.

No entanto, esta realidade posta aqui de forma crua e nua em relação aos números que nos toca como País, é de facto assustadora para as gerações vindouras, pois não será no nosso tempo que vamos ser confrontados com ela.

Não vislumbro a curto e médio prazo melhorias, pois a vida económica das famílias portuguesas é cada vez mais depaupérrima. E sem soluções a esse nível, dificilmente se conseguirá inverter os números.

Pesa embora o nível de vida das famílias em geral, há ainda aquelas que teriam hipotse de adpotar crianças e proporcionar-lhes uma vida normal e boa, podendo essas crianças mais tarde, quem sabe, terem vontade de serem pais e contribuirem de uma forma mais eficaz para o aumento da natalidade. É que crianças sem pais, a viverem até aos 18 anos em instituições, ao tornarem-se adultos, poderão não ter qualquer apetência, por diversos factores, em contribuir para o aumento demográfico.

Já agora....Não tem importância o tamanho dos textos....:)..Penso que qualquer que seja a dimensão dos ditos, contribuem para a discussão e debate....:)

Um abraço encaracolado...:)

Adoa Coelho said...

As coisas nem sempre são como aparentam. É claro que aqui em Espanha as leis mudaram mas as mentalidades nem por isso. As coisas acontecem mais ou menos como aí. Uma mulher ou um casal lébico para adoptar uma criança tem muito que andar e só com sorte consegue ir até ao fim. As autoridades dificultam sempre ao máximo. Isso não acontece só com os casais homossexuais mas também com todos os outros... Aqui geralmente os casais vão à China adoptar crianças... Claro já se sabe que aí não podemos casar, não podemos adoptar, não podemos... é só mais alguns "não podemos". Por ventura a grande diferença é que aqui podemos ir a um banco de esperma... neste caso e como o dinheiro fala bastante alto, parece que não tem havido problemas... excepto, lá está há sempre aqueles infelizes com problemas em relação à identidade sexual de outros como podes confirmar na imagem que te enviei...

Memory said...

Adoa,
Obrigado pela imagem do cartaz que me envaiste. Tomei a liberdade de a colocar no Not Too Late. Espero que não te importes.
Realmente é mesmo uma ''indegistão''....:)

Um abraço